quinta-feira, maio 29, 2008

O ascoroso em mim

Quem vive por trás de uma Máscara como esta... quem permanentemente esconde a Monstruosidade que traz consigo... (e não seremos todos um pouco disto?) vive sob um constante terror. O horror de ver este véu descair apenas o suficiente para ficar à mostra.

Todos temos "aquela" pessoa que nos "vê" como ninguém... aquela pessoa que absorve a ruindade que escondemos... aquela pessoa que se aproxima como ninguém dos segredos mais obscuros dos quais poucos se apercebem e dos quais certamente não falamos a ninguém. Uns abraçam-na como se de uma necessidade se tratasse. Outros fogem, petrificados.

Será esta súbita transparência... esta cruel nudez... algo que devemos procurar e receber como a uma bênção? Necessitamos mesmo de alguém que, volta não volta, nos relembre aquilo que somos realmente? Alguém que nos tira a máscara e nos deixe à mercê? Existirá mesmo alguém que queira ver o que está por trás desta fachada e que possa até gostar?

Ah que inocência... que inocência...


(adaptado do incrivel Dexter...)

Nós, os seres repugnantes e ascorosos, somos mais transparentes do que julgam.
A "essa" pessoa não escondi por muito tempo: "Mostro-te! Olha e vê! Olha e vê o porquê... Perde essa inocência... essa ilusão! O que te atrai é o mistério e não o que acabas por descobrir, não é verdade? Olha mais uma vez e engole de novo em seco. Isso mesmo. Era mesmo só isto! Vá... podes ir embora... que eu não vou atrás. Não vou incomodar-te com esta repugnância. Eu disse-te que era assim. E o que te excitava era essa ideia de não saberes se era verdade (e, no fundo, desejares que não fosse), não era? E agora tens-me como quiseste. E não escondo nada! Nada, desta Monstruosidade! Vai... e fica para sempre na dúvida... Pois se calhar a fachada até era esta... e que mesmo mesmo no fundo sou doce e meigo... e tenho tudo para te fazer feliz..."



Bah... que final pretensioso e fantasista. Mas deixa lá alimentar o sonho mais um bocadito...

 

 

 

 

 

 

 

 

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